O australiano Nick Kyrgios comentou que a série de críticas que tem feito não apenas contra Novak Djokovic, como outros colegas nada mais são do que "responsabilizar pessoas por suas ações". Ele não acha que é momento de competir.
O australiano comentou ao The Australian que não "se sente confortável" em voltar a competir no circuito mundial de tênis dada a pandemia global da COVID-19 e muito menos que este "seja o momento certo" de fazê-lo. Nick falou ao jornal após firmar uma parceria entre a sua fundação, a NK Foundation e o governo da cidade de Camberra para a construção de um centro de tênis local.
"Estou apenas tentando responsabilizar as pessoas por suas ações. Você não pode comparar o que alguém faz fora da quadra com dentro da quadra”, iniciou ele ao ser questionado sobre suas críticas a Djokovic desde a realização da Adria Tour através do Twitter.
"Quando eu vejo alguém cometendo erros, eu não vou ficar jogando holofotes naquilo, mas se eles defendem e continuam cometendo os mesmos erros, especialmente numa pandemia global, eu vou falar disso, sim", seguiu. "Eu não estou dizendo isso para chamar a atenção pra mim, estou, de verdade, tentando chamar a atenção das pessoas que precisam ter a atenção chamada. Nós temos que trabalhar em equipe, caso contrário a coisa seguirá acontecendo", alarmou.
"O esporte não será o mesmo. Eu não quero viver com restrições. eu quero que as coisas voltem ao normal", desabafou Kyrgios revelando que ainda não sabe quando voltará a competir, já tendo desistido da temporada europeia no saibro, mas tem "esperanças" de poder jogar o Australian Open 2021.
"Sinto falta de ir lá e jogar, mas quero fazer isso dentro das circunstâncias corretas. Eu quero jogar diante de uma torcida, quero divertir essas pessoas", revelou ele que entende que as decisões são difíceis e que criar e manter bolhas é complicado. "Até a Ash Barty, que é a campeã de Roland Garros, ela não se sente totalmente segura de ir lá e jogar", ressaltou.
Kyrgios ainda fez algumas revelações: "Nada me faria mais feliz que jogar o Australian Open novamente. Porém, na atual situação, eu acho que até os diretores não se sentem confortáveis com o que está acontecendo. Vamos cruzar os dedos", disse ele que tem certeza que estará pronto para competir em 2021.