Há poucos dias o jornalista Fernando Nardini, da ESPN, divulgou o fim dos apoios da Confederação Brasileira de Tênis aos jovens atletas Felipe Meligeni e Orlando Luz para treinamentos em Barcelona, na Espanha.
Crédito Foto:Rafael Pignataro
O Tênis News fez contato com o atleta que confirmou a comunicação da entidade no começo do mês a ele e também conversou com Eduardo Frick, gerente da CBT, que explicou o caso.
Entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019, os dois tenistas juntos terão recebido aproximadamente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), entre treinamento, moradia e alimentação (incluídos no acordo com a Academia BTT através de pagamentos feitos diretamente pela CBT), além dos valores mensais que a CBT deposita como patrocínio na conta de cada jogador.
"Infelizmente o cenário de crise no país e o valor alto do Euro nos impediu de prosseguir nessa parceria com os atletas. Além do valor fixo deles ainda tínhamos taxas e hoje a CBT não conta com um grande patrocinador para seguir. É uma pena pois os atletas atingiram a meta e vinham numa crescente. Fizemos essa comunicação agora em outubro para não os deixarem na mão e seguimos estudando alternativas para eles", disse Frick destacando que a CBT apoia 21 atletas do tênis nacional e mais eventos ITF no Brasil como o Brasil Juniors Cup, Banana Bowl.
"A CBT me informou na semana retrasada e no momento estou estudando alteranativas. Nos últimos dois anos minha evolução foi muito grande e só tenho a agradecer esse período. Espero evoluir ainda um melhor tênis daqui para frente", disse Felipe Meligeni que começou 2018 como 950 do mundo e hoje ocupa o 399º lugar tendo feito quartas no challenger de Campinas e semi no future do Rio de Janeiro nas duas últimas semanas.
Apesar da perda do apoio dos treinos na Espanha, Felipe não ficará de mãos abanando uma vez que conta com o patrocínio da Coonstrutora Procivil de Campinas que o apoio desde o ano passado.
"Venho numa crescente desde o começo do ano, ganhei torneios de simples e duplas, me sinto confiante estou vencendo rodadas em challengers, estou com evolução dentro e fora de quadra, jogando dentro do que meu treinador está propondo, ele me passou um jeito de jogar que estou conseguindo me adaptar, estou mais tranquilo mentalmente, mais concentrado, isso vem sendo a chave, é seguir evoluindo", disse Felipe: "Mudei minhas rotinas fora de quadra,estou mais focado, quando você faz tudo certinho as coisas melhoram. Estou trabalhando meu lado mental e tático. Quero acabar o ano dentro dos 300 do mundo, não estou muito longe. Com o nível de tênis que venho apresentando posso atingir esse objetivo".
Felipe jogará agora os challengers de Lima, no Peru, Guayaquil, no Equador, e Montevidéu, no Uruguai. Além do tênis o jogador vem dedicando o tempo livre nos estudos de administração na Estácio.