Por Pedro Fiúza, direto de Porto Alegre - Rafael Camilo, 650º do ranking, esteve em Porto Alegre para a disputa do Future local semana passada e bateu um papo com o Tênis News onde falou da experiência de treinar na Espanha e do nível dos atletas na Europa.
O número 22 do Brasil começou o papo analisando sua nova fase de sua carreira, após ter chegado à final do Challenger de São Paulo em 2011, ter ficado a temporada de 2013 afastado do circuito profissional, quando desistiu da carreira, mas voltou em 2014 após ser motivado pelo empresário e incentivador do tênis nacional, Eduardo Assumpção, da EGA, que fez ponte para levar Camilo à academia do ex-número um do mundo, Juan Carlos Ferrero, em Villena, na Espanha, onde também treina o ex-top 10 e atual 72º, Nicolas Almagro.
"Eu acho que estou treinando muito bem lá. A gente está fazendo uma boa preparação", considerou Camilo que recordou:"Em 2011, eu estava bem preparado, tinha feito uma boa pré-temporada".
O irmão mais novo do judoca medalhista de prata em Sydney, Thiago Camilo, Rafael acredita que os treinamentos e trabalhos com a equipe da Equelite-Juan Carlos Ferrero o transformaram em um melhor jogador: "Acho que agora estou muito bem, estou melhor fisicamente, e conseguindo entender melhor o jogo. Como jogar alguns pontos. Como jogar dos pontos da quadra e acho que estou aprendendo bem", opinou o tenista que desde sua chegada por lá já perdeu cerca de vinte quilos.
Rafael contou que o fato de ter perdido peso e mudado sua preparação física o tem ajudado a manter-se longe das lesões, algo que lhe era muito comum: "Quanto mais carga você carrega, mais risco de machucar. Eu tenho ainda uns quilos para perder, mas já perdi uns vinte e poucos. Sem dúvida, ajuda demais (perder peso) e eu me sinto mais leve em quadra", comentou.
Questionado se vê muita diferença no nível do jogo disputado no Brasil ao praticado na Europa, Rafa refletiu:
"A diferença é que lá fora, pelo que notei, eles vivem mais o sonho. Tanto os jogadores quanto os treinadores. Eles (os treinadores) se preocupam mais com os jogadores. Eu acho que os jogadores brasileiros estão preparados sim, têm um bom nível de tênis. A única diferença é que lá na Europa, um jogador que não tem tanto ranking, joga bem. O nível de tênis lá, eu acho, é mais forte por causa disso, tem muita gente jogando bem tênis", finalizou.