Zverev ataca a imprensa: 'Parece que sou o pior Nº 2 do mundo da história'

Em declaração durante entrevista no Masters de Roma, Alexander Zverev se mostrou irritado com a imprensa após o período em que Sinner esteve afastado, aumentando a chance do alemão se tornar número 1 da ATP. Crédito: Fotojump

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Nos últimos meses, Zverev teve chances de ser número 1 do mundo como nunca havia tido até então no circuito mundial da ATP. Em janeiro, o líder mundial Jannik Sinner conquistou o Australian Open ao derrotar Alexander por 3 sets a 0. Em caso de vitória do alemão na final, haveria uma significativa mudança na pontuação do ranking, já que o campeão leva 2000 pontos e o vice, 1200. 

Em março, Sinner foi suspenso após um acordo em seu caso de doping, ocorrido em 2024 durante Indian Wells, onde alegou que foi contaminado por um profissional de sua equipe durante um tratamento. O italiano ficou fora dos torneios de março até esta semana, onde retorna para a disputa do Masters 1000 de Roma. Neste período, Zverev não conseguiu bons resultados: parou na segunda rodada em Indian Wells; oitavas de final em Miami; segunda rodada em Monte Carlo e oitavas de final em Madri. Sua melhor campanha foi em Munique, ATP 500 jogado em seu país, onde levantou o troféu, mas ainda pouco para quem briga pela liderança do ranking.

"Antes do torneio de Munique, meu tênis estava muito ruim, e eu sei por quê. Não tirar algumas semanas de folga depois do Aberto da Austrália foi um erro, porque acabei ficando mentalmente esgotado. O tênis é um esporte muito difícil; precisamos descansar o corpo e a mente, e eu não fiz isso quando chegou a hora. Agora preciso ser positivo e lembrar que venci um torneio há duas semanas", disse Zverev, que mencionou o a dificuldade de jogar contra o argentino Francisco Cerundolo, seu algoz em Buenos Aires e Madri: "O tênis é um esporte emocionante porque, dependendo do estilo de jogo de cada jogador, ele pode se sentir mais ou menos confortável com um adversário. Isso leva a resultados inesperados. A verdade é que detesto jogar contra o Fran. Acho que ele é o jogador mais difícil para mim, atrás do Jannik e do Carlos".

O alemão alfinetou a imprensa ao dizer que as considerações sobre ele são, muitas vezes, exageradas de forma negativa: "Seria ótimo chegar ao número 1. Acho que posso. De qualquer forma, minha sensação é que os jornalistas gostam de exagerar em tudo. Depois desses meses complicados, parece que sou o pior número 2 do mundo da história. Sei que não joguei no meu nível, mas Carlos também não, e então ele venceu Monte Carlo. Não estou feliz com meus resultados, mas não acho que Alcaraz ou Djokovic também estejam. Ainda acredito que os melhores jogadores surgirão nos momentos importantes e que encontrarei meu tênis para vencer torneios importantes", finalizou.