Rafael Nadal concedeu entrevista coletiva com o time da Copa Davis nesta segunda-feira em Málaga, na Espanha, e disse que não sairá queimado do tênis. Ele também quer saber de ajudar o time e deixar as emoções de lado.
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“Os finais de filmes são para Hollywood, aqui devemos focar em competir e fazer o melhor pela equipe. Tentei trabalhar o máximo possível durante o último mês e meio para chegar aqui em boas condições e acho que melhorei um pouco. É difícil discernir qual é o seu real nível quando você não compete, mas se tiver que jogar, farei isso com o máximo entusiasmo e determinação”, afirmou o espanhol. A equipe joga as quartas de final contra a Holanda nesta terça-feira a partir das 13h de Brasília.
“Para mim significa muito poder me despedir da Espanha e estar na quadra. Não posso prever como me sentirei se sair para competir, mas tenho que deixar as emoções de lado. O capitão (David Ferrer) é quem decide, aqui o importante é a equipe e que a gente se prepare para brigar pela Saladeira de Prata (troféu)", alertou.
“Não sou o tipo de pessoa que diz que não mudaria nada porque considero isso arrogante. Claro que tomaria decisões diferentes se voltasse, mas sinto-me em paz comigo mesmo porque dei tudo o que tinha durante minha carreira profissional. O mais importante é que o que aprendi é aceitar desafios, trabalhar todos os dias para ser melhor e aproveitar o processo. Vou sentir muita falta do dia a dia necessário para competir, mas também a adrenalina que se faz sentir na quadra e o ambiente gerado pelos torcedores”, explicou o espanhol.
"O que me leva a deixar o tênis agora é que sinto que não posso mais ser competitivo o suficiente. Poderia jogar mais um ano para me despedir dos torneios mais importantes da minha carreira, mas não faz sentido continuar ativo quando tenho plena consciência de que meu corpo não me deixa lutar pelos objetivos competitivos que me motivam. Não me cansei do tênis, se pudesse continuaria jogando, mas é impossível treinar com a continuidade necessária para competir em um nível que compense os esforços do tênis no dia a dia", declarou.
Questionado sobre quando tomou conhecimento disso, Rafael Nadal foi contundente: "Eu disse há pouco mais de um ano que não merecia me despedir em uma entrevista coletiva e que queria me dar uma chance de voltar. É que desde que tive a lesão na Austrália 2023 não voltei a jogar livremente, fiz uma cirurgia, tiveram que retirar parte do meu psoas ilíaco e, a partir daquele momento, ficou impossível jogar sem limitações, apenas em horários específicos. Meu corpo não me dá a margem necessária para fazer janelas de treino e competição como eu gostaria", afirmou.
🎾 VÍDEO | Nadal, ante su retirada: “No hay despedida ideal. Esos finales son para las películas americanas” pic.twitter.com/pbinX00haJ
— La Opinión de Murcia (@diariolaopinion) November 18, 2024