Halep está esperançosa de receber convite para Jogos Olímpicos

A imprensa romena tem publicado uma sequência de reportagens apontando que a principal estrela do tênis local, Simona Halep, está em busca de um convite para a disputa dos JOgos Olímpicos de Paris.

De acordo com reportagens de meios especializado como o ProSport e o tradicional Gazeta Sporturlor, Halep preencheu nesta semana o formulário se candidatando aos Jogos Olímpicos de Paris.

A inscrição pode ser feita por qualquer atleta dentro do top 250 dos rankings da ATP e WTA, através dos comitês olímpicos de seus países. A partir das inscrições, a organização dos Jogos na modalidade tênis, com auxílio da Federação Internacional de Tênis (ITF), inicia o processo de classificação dos atletas de acordo com todos os critérios exigidos pelas regras da competição, que incluem não passar de 4 representantes por país, desde que os atletas tenham competido pela Billie Jean King Cup ou Copa Davis, o que lhe for correspondente, no último ciclo olímpico, que neste ano consideram 2023 e 2024, entre outros critérios. 

As listas de entradas das Olimpíadas serão definidas assim, seguindo ranking oficial do fim de maio e também as vagas conquistas pelos campeões continentais, como por exemplo a brasileira Laura Pigossi, campeã do Panamericano.

A organização do torneio olímpico poderá separar até 2 convites por chave a serem cedidos para as disputas, levando critério de relevância dos tenistas em relação ao tênis de seu país, competições mundiais e circuito.

Confiando em ter título em Roland Garros 2018 e Wimbledon 2019, Halep tem pleiteado junto à ITF e ao Comitê Olímpico Internacional (COI) um convite para Paris. 

Segundo o que reporta o ProSport, o presidente do Comitê Olímpico da Romênia, Mihai Covaliu, as chances de convite a Halep são neutras: "A equipe romena está pronta para receber todos os atletas que realmente querem representar a Romênia nos Jogos Olímpicos. Pelo que entendi, as chances de Simona Halep receber um convite para as Olimpíadas são importantes, não pequenas, nem grandes. Estão a ser tomadas medidas em vários canais e, quando houver algo claro, seremos informados".

Simona Halep disputou apenas uma Olimpíada, os Jogos de Londres em 2012 quando caiu na estreia das chaves de simples e duplas. Classificada aos Jogos do Rio de Janeiro, Halep optou por não participar da competição em razão do surto de Zika Vírus que atingiu o país no primeiro semestre de 2016, em especial a região nordeste do país. Já nos Jogos de Tóquio, Halep desistiu em razão de uma lesão persistente na panturrilha.

Ex-tenista e empresário do esporte, o bilionário romeno Ion Tiriac não acredita que a estrela do país receberá o convite: "Seria bom se Simona recebesse esse convite, como uma compensação pelo que sofreu sem culpa por tanto tempo. Não estou convencido de que ela vá recebê-lo, embora eu deseje que sim, porque há muitos com jovens de 15, 16, 17, 18 anos que se afirmam (no circuito), mas não fizeram os índices [preenchem todas as condições impostas para a qualificação para os Jogos Olímpicos] porque não tinham a possibilidade", falou ele em entrevista coletiva durante esta sexta-feira no seu torneio, o ATP 250 de Bucareste.

Tiriac acredita que a ITF e o COI devam destacar algum talento jovem promissor. que dada idade, não pode competir na Billie Jean King Cup ou Copa Davis e por esta razão e não outra ficariam de fora dos Jogos.

Tiriac, bem como especialistas de esporte do país, não acreditam em vontade de compensar Halep pelos 18 meses que a tenista ficou fora das quadras em razão de um processo antidoping, que pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) e ITF lhe rendeu uma suspensão de 4 anos, diminuída na Côrte Arbitral do Esporte em recurso apresentado pela romena para 9 meses.

"As chances de chegar à Olimpíada são mínimas, porque não tenho ranking, mas quero muito chegar lá. Se eu conseguir ganhar alguns jogos, terei uma chance extra. Não planejei nada, tudo é uma opção. Vou dar o meu melhor para disputar as Olimpíadas. Quero um troféu, seja ele qual for, mas agora sonhamos, acordar para a realidade vai ser muito difícil", declarou ela à imprensa romena recentemente.