Por Ariane Ferreira – A despedida de Serena Williams aos 40 anos, põe fim a mais vitoriosa
carreira de uma tenista na história. Os números de Serena são tão impressionantes, que o
único recorde que não possui – o de Margaret Court com 24 Slams – pode parecer só um
capricho do acaso.
Serena Williams encerra sua carreira com 73 títulos em nível WTA, considerando também seus
23 Grand Slams, e dos quais 22 são em nível WTA 1000, em simples; e outros 23 nas duplas, 13 deles Grand Slams e outros 3 ouros olímpicos – todos conquistados ao lado da irmã mais velha, Venus Williams. Jogando nas duplas mistas, Serena tem 2 títulos de Grand Slam, Wimbledon e US Open, ambos conquistados em 1998 ao lado do bielorrusso Max Mirnyi.
Dos títulos de Serena Williams em Grand Slam, ele possui 7 títulos no Australian Open (2003,
2005, 2007, 2009, 2010, 2015 e 2017) e outros 7 em Wimbledon (2002, 2003, 2009, 2010,
2012, 2015 e 2016); além de 6 US Open (1 999, 2002, 2008, 2012, 2013 e 2014) e outros 3
Roland Garros (2002, 2013 e 2015). Em torneios do WTA 1000, as quadras que mais viram
Serena campeã foram as de Miami com 7 títulos (2002, 2003, 2007, 2008, 2013-2015),
seguidas por Roma (2002, 2013, 2014 e 2016).
Serena também acumula um recorde curioso e é a campeã mais velha de todos os torneios do Grand Slam, tendo vencido o Australian Open aos 35 anos, Wimbledon aos 34, Roland Garros aos 33 anos e o US Open aos 32.
O primeiro jogo profissional de Serena foi disputado aos 14 anos, no WTA de Quebec, no
Canadá, que perdeu na estreia do qualifying. A americana não disputou nenhum jogo em 1996 e voltou ao circuito em 1997, onde jogou 5 torneios tendo furado seu primeiro qualificatório de torneio WTA naquele ano em Moscou. De lá pra cá foram 1021 partidas disputadas, das quais saiu vencedora em 847 delas, numa porcentagem de dominância de 83% na carreira.
A carreira de Serena foi como de a de muitos atletas prejudicada por lesões e ela tem como
média 39 jogos por temporada. Número de jogos que pode ser considerado baixo, já que o
calendário preenche em média 45 das 52 semanas do ano.
Em 2006, por exemplo, a norte-americana lutou contra uma lesão no joelho que a fez perder
boa parte da temporada e lhe permitiu jogar apenas 16 partidas, das quais venceu 12. Naquele ano, Serena terminou a temporada como 95ª do mundo. A temporada em que menos jogou foi 2017, em que fez 9 partidas, venceu 8, e ergueu o título do Australian Open grávida de sua primogênita, Alexis Olympia. Em contrapartida, a temporada em que Serena mais esteve ativa e, também, mais colecionou títulos foi 2013. Ali, disputou 83 jogos, venceu 78 e ergueu 11 troféus, incluindo Roland Garros, US Open e WTA Finals.
Em termos de ranking, Serena é a terceira maior líder da história com 319 semanas como
número 1 do mundo, estando apenas atrás da tcheca naturalizada americana Martina
Navratilova com 332 semanas e da alemã Steffi Graf com 377 semanas. Serena foi a melhor ‘
Campeã da temporada’ (WTA Finals) em 5 oportunidades: 2001, 2009, 2012, 2013 e 2014 e fez finais em 2003 e 2004. Serena também alcançou o topo do ranking de duplas, tendo sido a primeira vez em 07 de julho de 2010.
A primeira vez que Serena alcançou o posto de número 1 do mundo foi em 8 de julho de 2002.
Por 16 temporadas (1999-2004, 2007-2010,2012-2016 e 2019), a norte-americana terminou
entre as 10 melhores do mundo. Em 10 destas temporadas, Serena esteve entre as 5 melhores do mundo. Nas temporadas 2005 e 2011, Serena passou boa parte da temporada entre as 10 melhores, mas acabou o ano respectivamente como 11ª e 12ª.
A termos de dados estatísticos, considera-se que Serena entrou de vez no tênis profissional em 1997 e nestas 25 temporadas, a norte-americana não fez finais em 5 delas (1997, 1998, 2006, 2021 e 2022). De todas as outras temporadas, apenas em 2 (2019 e 2018) a americana não conquistou títulos. Em 2018, voltando da licença maternidade, Serena fez apenas 2 finais e em ambas esteve diante da possibilidade de alcançar Margaret Court, mas perdeu Wimbledon para a alemã Angelique Kerber e o US Open para a japonesa Naomi Osaka, numa das finais mais contraditórias da história. Em 2019 a história se repetiu e Serena disputou 2 finais perdendo Wimbledon para a romena Simona Halep e o US Open para a canadense Bianca Andreescu.
Serena Williams chegou à impressionante marca de 23 títulos do Grand Slam grávida
(Australian Open 2017) e teve outras 4 oportunidades para igualar Court pós licença
maternidade, mas não conseguiu. Também não alcançou metade dos 167 títulos de simples
conquistados por Navratilova. Nada que possa manchar sua trajetória inédita e histórica.