Luisa Stefani (Tennis Warehouse), número 1 do Brasil e 33ª do mundo nas duplas, foi vice-campeã, nesta quarta-feira, no WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, evento que abriu a temporada, com premiação de US$ 565 mil.
A paulistana, que atua com a americana Hayley Carter, caiu na final diante das cabeças de chave 5, as japonesas Ena Shibahara e Shuko Ayoama por 7/6 (7/5) 6/4 após 1h35min.
Foi a quinta final da dupla e sexta de Luísa. Ela e Carter têm dois títulos em Tashkent, no Uzbequistão, em 2019, e Lexington, nos EUA, ano passado. Foram vices em Seul, na Coreia do Sul, em 2019, e Estrasburgo, na França, em 2020. Luisa foi vice em Ostrava, na República Tcheca, com a canadense Gabriela Dabrowski.
"Jogo foi bom, jogamos bem principalmente no primeiro set. Foi nem no detalhe. Elas jogaram melhor nos pontos importantes, no tie-break. No segundo set estavamos no 2/0, tivemos algumas chances de ficarmos acima, mas ela voltaram bem. Elas foram inteligentes no saque e isso fez a diferença", disse Stefani que comemorou o bom desempenho logo na primeira semana do ano.
"No geral foi uma boa semana, foram cinco ótimos jogos contra boas jogadoras. Além de ganhar a intenção era colocar em prática o que vinha treinando na pré-temporada e foi atingido pois nos colocamos em posição para vencer o torneio. Teremos agora duas semanas diferentes de quarentena na Austrália, menos tempo em quadra, super bom que nessa semana conseguimos jogar muitos jogos, treinar com duplas diferentes, conseguir esse ritmo".
A tenista segue direto para Melbourne para fazer as duas semanas de quarentena e inicia no dia 31 a disputa do WTA 500 local e na sequência, a partir do dia 8, disputa o Australian Open.
Stefani vai subir três posições no ranking e estrear no top 30 como a 30ª do mundo na próxima lista da WTA. Será a primeira brasileira desde o fim de 1976 a estar no grupo. A melhor brasileira no ranking oficial com registro da WTA, foi Maria Esther Bueno que ocupou o 29º posto em dezembro de 1976. Maria Esther teve seu auge na década de 60 com múltiplos títulos de Grand Slams em simples e duplas quando o tênis feminino ainda não tinha um registro de ranking oficial que foi estabelecido em 1975.
"Show alcançar o top 30 pela primeira vez. Sempre acredito que o ranking é uma consequência dos resultados e resultados vêm com o treino e trabalho duro. É mais um passo no caminho certo, mais um degrau onde quero chegar que são as Olimpíadas, então acho que o mais gratificante é ver a melhora, o trabalho dando frutos. E acreditar no jogo em si que o ranking virá como consequência. Bem legal começar o ano assim com uma final e o pé direito", seguiu Luisa.