Por Marden Diller – Na tarde deste domingo o paulista Thomaz Bellucci esteve presente em uma entrevista coletiva no Rio Open e falou um pouco sobre o que espera do torneio e como sua parceria com André Sá está ajudando em quadra.
“A parceria está sendo muito positiva. Fizemos um teste de mais ou menos dois meses, um período de conhecimento, para ver se ele estava preparado para essa saída do circuito e virar treinador”, comentou. “Para mim tem sido um trabalho muito positivo, ele está me passando muitos toques, muita experiência e diariamente vejo que ele é um cara que pode me acrescentar muita coisa”.
Bellucci ainda acrescentou que uma das vantagens de seu treinador é conhecer muitos dos tenistas com quem duela no circuito. “Conhecer os mesmos jogadores que eu enfrento faz a diferença. Ele conhece muitos jogadores, então quando eu vou enfrentar os caras ele faz uma análise dos jogos, estuda cada um deles e sempre me passa algumas dicas”.
Além das dicas, o trabalho com Sá também busca polir alguns aspectos de seu jogo. “O André está trabalhando melhor minha questão de definição dos pontos, pois muitas vezes eu construo o ponto bem, mas peco na finalização, estamos melhorando minhas subidas à rede e trabalhando melhores formas de jogar sem tantos riscos”, explicou, adicionando que em vez de inserir novos contextos em seu jogo, Sá busca polir os atributos que Bellucci já possui. “Ele falou comigo que não vale à pena inserir nada de novo no meu jogo, pois já tenho 30 anos e demoraria muito para assimilar tudo, então o principal objetivo dele é polir o que eu já tenho”.
Após muitos anos treinando com João Zwetsch, o paulista encerrou a parceria e viajou sozinho durante alguns meses. Enquanto estudava possíveis novos treinadores, a proposta para André Sá veio ainda na forma de uma brincadeira.
“Estávamos na mesa de um torneio almoçando, eu e um amigo que viajava comigo, pois eu estava sozinho na época, e o Andre chegou e falou ‘pô, eu vi que você não está trabalhando com o João mais. O que você vai fazer de agora em diante?’. E aí eu respondi em seguida ‘pô, quer ser meu técnico?’. Ele disse que não, pois ainda estava jogando e na época ele realmente não pensava ainda em se aposentar, mas eu insisti e perguntei se não queria pelo menos fazer um teste. Ele então me pediu uns dias pra pensar e, depois desses dias, bateu na porta do meu quarto dizendo que aceitava fazer uns quatro torneios de teste e cá estamos”.
Por fim, Bellucci falou de sua estreia, nesta segunda-feira, contra o italiano Fabio Fognini, um desafio que o paulista garante que será complicado, embora pregue otimismo. ”Ele é um cara favoritíssimo, mas cada jogo tem uma história. Joguei bem em Buenos Aires, acho que estou em um momento de ascensão e vou entrar em quadra buscando meu melhor. O cara é favorito mas eu estou jogando em casa, com a torcida a favor. André e eu já conversamos sobre o Fabio e estamos buscando coisas que podemos fazer de diferente, já que nas últimas quatro vezes, claramente o resultado não foi o esperado”, comentou o paulista, que foi derrotado nas quatro vezes em que enfrentou o italiano.