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Bellucci quer evolução física e na defesa para ir além do top 30

Quarta-feira, 16-10-2013 16:09
Tênis Profissional
Um bate-papo descontraído no programa Bola da Vez, da ESPN, trouxe revelações e o que Thomaz Bellucci pretende sobre o futuro. O tenista explicou o troca troca de treinadores. Ele acredita ser necessário melhorar físico e a defesa para dar o passo que ainda não alcançou.

Antes, Thomaz comentou um pouco sobre a conturbada temporada onde despencou para fora do top 100 e a qual deixará de ser o número 1 do Brasil na próxima segunda-feira (posto que será de Rogério Dutra Silva). Ele lesionou o ombro e o abdômen e ficou cerca de quatro meses sem jogar: “Não é o ano que eu queira relembrar, tenho que levar como aprendizado, tem o ponto positivo que aprendi coisas novas com meu técnico, mas fiquei chateado com meu nível de jogo. Foi um ano difícil pra mim, nunca tive tanto tempo parado, tive muito poucas lesões na carreira, talvez isso tudo seja positivo pra aprender pro ano que vem”, disse o tenista que seguiu sobre a série de nove derrotas: “Tenho o histórico de ser ansioso e afobado de ganhar os pontos, ficar tão nervoso que não consigo visualizar o jogo adequadamente, querer ganhar o ponto mto rápido, e isso acabou me descontrolando, não achei a tática certa com o adversário. Com as derrotas seguidas você acaba entrando mais nervoso em quadra. Com meu tipo de jogo agressivo preciso de confiança. Acabei me atrapalhando. São coisas que tenho a trabalhar e aprender.”

Bellucci recentemente demitiu o argentino Daniel Orsanic e contratou o espanhol Francisco Clavet. A parceria será iniciada na próxima semana em Buenos Aires e Bellucci já sabe o que buscará evoluir com o europeu: “Clavet é espanhol, nunca trabalhei com nenhum espanhol. Ele treinou ótimos jogadores (Santiago Giraldo e Feliciano Lopez) e posso melhorar. Atacando eu sou um cara que me sinto bem, mas quando me defendo contra os tops não me sinto tão bem, e o Clavet pode me acrescentar nisso de me defender melhor, ganhar os pontos lá de trás, me defendendo.

O paulista bateu na tecla da defesa e associou à falta de confiança que possui em sua parte física: “Um ponto que deixo a desejar é a defesa, quando tenho que jogar mais bolas, nos últimos jogos tenho pecado bastante. Tem um pouco de físico também. Se eu ganhar confiança no físico que posso jogar quatro, cinco horas correndo, vou ter confiança para alongar mais os pontos”. O tenista disse também se sentir um tenista com qualidade para estar no top 30 (seu melhor ranking foi o 21), mas que pode ganhar mais um patamar se melhorar em tal aspecto. Ele não quis colocar uma meta ou sonho de ranking para atingir.

“Não me apego a ranking e sim a me tornar um melhor jogador. Jogando bem eu consigo me manter entre os 30, mas preciso melhorar muitas coisas no técnico e físico para dar o salto, mas não é o ranking que me motiva a treinar e sim me tornar um jogador melhor, se melhorar o físico tenho consciência que posso dar um salto na minha carreira, em poder jogar e defender dez bolas, jogar bastante tempo sem me quebrar”.

Com Clavet, será o sexto treinador desde 2007 do brasileiro que no máximo se manteve por dois anos com o mesmo comandante. Bellucci culpou a falta de motivação, o convívio e falta de aspectos novos dos treinadores para ter uma parceria mais duradoura: “Nem todos os joadores ficam a carreira toda com mesmo técnico, são poucos que ficam toda ou mais de cinco, seis anos. Eu decido trocar por eles não me passarem coisas novas pra melhorar, sempre com mesmo conteúdo, eu sempre procuro mudanças. Dessas trocas a semelhança é que no final da parceria não tinha mais vontade e motivação de continuar trabalhando com a pessoa, do convívio. Óbvio que a motivação tem que vir de mim, mas o técnico tem que saber motivar.”

Bellucci ainda seguiu no assunto quando perguntado se por ser uma pessoa mais fechada não se abria com os treinadores como faz com a psicóloga, Carla di Pierro: “Você só se abre pro técnico quando tem confiança total nele e às vezes eu não tinha com alguns dos meus. Se você não tiver confiança nele e ele te falar pra fazer uma coisa dentro de quadra, você não vai fazer. Não precisa estar dois anos com a mesma pessoa pra ter confiança, é relativo, em dois anos você pode ter, mas em pouco tempo pode vir ou não”.

Ele comentou sobre o rompimento com Larri Passos o qual treinou por um ano e que fez sua melhor campanha, alcançando a semi do Masters 1000 de Madri, na Espanha: “Jogador e técnico tem encaixe, às vezes eu não concordava em alguns pontos com ele, ele é um cara muito motivador, muito duro, querendo que você melhore todo dia, mas em certos pontos não concordei com seu método de trabalho. Mas cada técnico tem sua qualidade”.

O brasileiro de 25 anos lamentou as vaias recebidas no Ibirapuera durante a derrota no Brasil Open. Ele negou que evitará jogar no país: “Sempre gostei de jogar no Brasil, sempre fico muito motivado. Só que às vezes você passa por momentos difíceis. O público achou que eu não estava comprometido, sem querer ganhar. As pessoas podem pensar o que quiser, mas sempre gostei de jogar aqui, e ano que vem virei e vou dar meu melhor, as vaias não vão mexer comigo. Eu fico chateado sim, mas tenho que aceitar que não é todo mundo que te conhece, que sabe que você se dedica, treina duro."
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