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Por onde andavam as lendas do tênis quando tinham os 38 anos de Roger Federer?

Sábado, 10 de agosto 2019 às 09:48:58 AMT

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Tênis Profissional

Por Marden Diller – Ídolo de duas — ou até mesmo três — gerações de fãs do esporte, o suíço comemorou nesta quinta-feira (08) seu 38º aniversário. Não fosse a data importante o suficiente, ele a celebra ocupando a terceira posição do ranking.



Em um esporte onde normalmente as carreiras se encerravam no início dos 30 anos, Federer pode ser considerado um alienígena. Vindo de uma final em Wimbledon, na qual foi derrotado no detalhe para o sérvio Novak Djokovic, o suíço está em um ponto totalmente fora da curva do esporte, e para ilustrar isso descobrimos por onde andavam os maiores nomes da história do tênis masculino quando tinham a idade que o campeão de 20 Grand Slams celebrou neste dia 8.

 

 

 

Ken Rosewall

Uma das maiores lendas a pisar em uma quadra de tênis, o australiano Ken Rosewall detém uma grande parte dos recordes por longevidade. Nascido em 1934, o tenista estabeleceu o recorde de mais velho vencedor de Grand Slam justamente aos 38 anos, em 1972, quando conquistou o último de seus oito títulos em Majors.

Na ocasião, derrotou Rod Laver na decisão do Australian Open em uma partida de cinco sets transmitida para 23 milhões de pessoas nos EUA, considerado “o jogo que popularizou o tênis nos Estados Unidos”. O duelo também foi considerado o segundo melhor de 1972 e a melhor partida entre os dois australianos na Era Aberta.

 

 

 

Rod Laver

Mais um australiano, uma verdadeira lenda viva, idolatrado pelo próprio Roger Federer, Rod Laver foi o último — e único — homem a vencer os quatro torneios do Grand Slam no mesmo ano na Era Aberta, e fez isso duas vezes, sendo uma antes da Era Aberta.

Mas, aos 38 anos, Laver já não era tão ameaçador assim. Nascido em 1938, sua carreira chegou ao fim justamente em seu 38º ano de vida, em 1976, quando mesmo sem participar de nenhum Grand Slam e sem performances impressionantes, conquistou seu último título na carreira, em Ohio, nos Estados Unidos. A conquista foi a de número 200 dentre sua carreira de amador, profissional e na Era Aberta, o que o coloca como maior vencedor de todos os tempos dentre os homens.

 

 

Guillermo Vilas

Primeiro argentino a vencer um título de Grand Slam na Era Aberta, Guillermo Vilas foi um grande nome do tênis nos anos 70. Profissional em 1969, o tenista apelidado como Willy foi o inventor da Passada de Grand Willy, golpe no qual o atleta passa pela bola e a rebate, de costas, por debaixo das pernas, jogada amplamente utilizada por Roger Federer ao longo de sua carreira.

O argentino também foi o segundo tenista da história a ultrapassar 900 vitórias na Era Aberta, sendo ainda hoje o detentor da maior marca de vitórias sobre o saibro, com 659 — contra as 436 de Rafael Nadal.

Nascido em 1952, o vencedor de quatro títulos de Grand Slam se aposentou do circuito da ATP em 1989, aos 37 anos, embora tenha seguido jogando os torneios do circuito Challenger até 1992. Em 1990, aos 38 anos, Vilas deu uma pequena fugida das quadras para se aventurar no mundo da música, lançando um disco de house music intitulado Mil Nueve Noventa, que teve como maior hit a música ‘Si Quieres Amarla’.

 

 

 

 

Ilie Nastase

Maior tenista da história da Romênia, Ilie Nastase teve sua vida cercada por polêmicas desde seus tempos de profissional — iniciando sua carreira em 1966 e profissionalizando-se em 1969 — até os dias de hoje, tendo inclusive sido banido de eventos da ITF por episódios sexistas durante a Fed Cup.

Aos 38 anos, em 1984, lutava para se manter no circuito em seu penúltimo ano como profissional. Finalizando a temporada na 202ª posição do ranking, fechou 1984 com 4 vitórias e 14 derrotas em torneios do circuito ATP.

 

 

 

John Newcombe

Mais um australiano na lista, John Newcombe não fez feio diante de seus antecessores. Profissional em 1967, foi o último dos grandes australianos a dominar o circuito profissional.

Dono de 7 títulos de Grand Slam, aposentou-se em 1981, aos 37 anos, e esteve afastado do tênis em seu 38º aniversário, retornando apenas em 1995, como capitão da Copa Davis.

 

 

 

Jimmy Connors

O norte-americano é, sem dúvidas, um nome que dispensa apresentações. Dono de 109 títulos no circuito profissional e 1274 vitórias em simples, Jimmy Connors é detentor dos recordes que Roger Federer ainda espera quebrar.

Profissional em 1972, é o tenista mais longevo da Era Aberta do tênis, tendo se aposentado em 1996, aos 44 anos de idade. No entanto, justamente no ano em que completo 38 anos, Connors esteve afastado do circuito para uma cirurgia restauradora no punho esquerdo, retornando às quadras em 1991. Durante este período, atuou como comentarista de tênis no canal de TV norte-americano NBC.

 

 

Bjorn Borg

O tenista sueco ocupou um espaço na história que apenas veio ser preenchido pelo espanhol Rafael Nadal, anos depois. Profissional em 1973, Borg conquistou seis títulos consecutivos em Roland Garros e foi o primeiro especialista em saibro a obter resultados equiparados em Wimbledon, onde sagrou-se campeão em 5 ocasiões.

Prematuro, aposentou-se em 1983, aos 27 anos. Em 1991 tentou um retorno ao circuito, sem sucesso, e aposentou-se definitivamente em 1993, aos 37 anos. Em 1994, aos 38 anos de idade, o sueco iniciou sua jornada no circuito Sênior da ATP. Borg detém o recorde de maior número de vitórias consecutivas, 49, onde Federer tem como melhor marca 41 triunfos seguidos.

 

 

 

John McEnroe

Maior bad boy da história do tênis, o norte-americano John McEnroe teve alguns seus recordes superados por Roger Federer. Profissional desde 1978, conquistou 7 títulos de Grand Slam, 77 títulos profissionais em simples e 78 títulos em duplas.

Nascido em 1959 e aposentado em 1994, aos 35 anos de idade, o norte-americano não conseguiu ficar longe das quadras e embarcou no circuito Sênior da ATP.  Em 1997, aos 38 anos de idade, McEnroe dividia seu tempo entre os torneios dos veteranos da ATP e a turnê com sua banda, a The Johnny Smyth Band. Também em 1997 foi derrotado por Jimmy Connors na final do torneio de veteranos The Challenge.

 

 

 

Ivan Lendl

Nascido na antiga Tchecoslováquia em 1960, Ivan Lendl foi um dos últimos tenistas a ter seus recordes superados pelo aniversariante de 8 de agosto. Profissional em 1978, conquistou 8 títulos de Grand Slam, 94 títulos como profissional e obteve um total de 1068 vitórias, ocupando o terceiro lugar na Era Aberta, logo atrás de Roger Federer.

Aposentado das quadras em 1994, aos 34 anos, em razão de uma lesão crônica nas quadras, o discreto e frio tcheco — então naturalizado norte-americano — dedicou sua atenção à sua família e suas 5 filhas. Nos anos subsequentes à sua aposentadoria, investiu no Golf e cuidou da carreira de duas de suas filhas, que seguiram o caminho do pai no golf durante a graduação.

Lendl voltou ao tênis em 2011, como treinador do britânico Andy Murray e atualmente faz parte da equipe do alemão Alexander Zverev.

 

8 de agosto de 1981 – Aqui nascia Roger Federer, na cidade suíça da Basileia

 

 

Mats Wilander

Nascido na Suécia, assim como Bjorn Borg, Mats Wilander foi um dos grandes nomes dos anos 80. Mais jovem tenista a vencer o Australian Open na Era Aberta, aos 19 anos, o sueco profissionalizou-se em 1981 e jogou até os 32 anos em 1996.

Aos 38 anos, em 2002, ex-número 1 do mundo e dono de 7 títulos de Grand Slam, Wilander teve seu nome homenageado no Hall da Fama do Tênis. Durante muito tempo disputou o circuito Sênior da ATP e, desde o início dos anos 2000, atua como comentarista no EuroSport.

 

 

 

Stefan Edberg

Mais um sueco de sucesso no circuito, Stefan Edberg teve um papel fundamental no sucesso em idade avançada de Roger Federer. Nascido em 1966 e profissional em 1983, conquistou 6 títulos de Grand Slam e 41 títulos como profissional.

Aposentado em 1996, aos 30 anos de idade, Edberg teve um 38º ano de vida bastante movimentado. Em 2004, teve seu nome inserido no Hall da Fama do Tênis, e pouco tempo depois conquistou seu primeiro título como atleta de Racketlon, modalidade à qual se dedicou após a aposentadoria no tênis, que inclui as modalidades de tênis de mesa, badminton, squash e tênis.

Seu caminho cruzou-se com o de Roger Federer em 2013, quando atuou como treinador do suíço, trazendo uma nova perspectiva para sua carreira aos 32 anos de idade. A parceria perdurou até 2015.

 

 

 

Boris Becker

Outro garoto prodígio dos anos 80, o alemão Boris Becker é, até hoje, o mais jovem tenista a vencer o torneio de Wimbledon, aos 17 anos de idade. Profissional desde 1984, conquistou 6 títulos de Grand Slam e atingiu a liderança do ranking em 1991.

Nascido em 1967, Becker completou 38 anos em 2005 e ainda era bastante badalado, mesmo fora das quadras desde 1996, quando tinha 29 anos. Coordenando a marca esportiva Volkl desde 2000, Becker participou em 2005 do programa de TV britânico They Think It’s All Over, além de atuar desde 2003 como comentarista da BBC em Wimbledon.

 

 

 

Jim Courier

Primeiro norte-americano a dominar o circuito nos anos 90, Jim Courier iniciou sua jornada como profissional em 1998. Campeão de quatro títulos de Grand Slam, assumiu a liderança do ranking em fevereiro de 1992.

Nascido em 1970 e aposentado em 2000, aos 30 anos, Courier se manteve sempre próximo ao tênis. Logo após o fim de sua carreira, iniciou sua jornada como comentarista especializado na Tennis TV e outros canais norte-americanos. Desde 2005 tem sido o cabeça das transmissões televisivas do Australian Open e constantemente conduz entrevista ainda em quadra com os vencedores das partidas.

 

 

 

Pete Sampras

Mais um nome que, sem dúvidas, dispensa qualquer apresentação. ‘Pistol Pete’, como era conhecido nos EUA, dominou o tênis nos 90, conquistando 14 títulos de Grand Slam entre 1990 e 2002.

Nascido em 1971, no dia 12 de agosto, Sampras encerrou sua carreira em 2002, aos 31 anos, após conquistar seu 14º slam e 5º US Open. Aos 38 anos de idade, já era membro do Hall da Fama do Tênis e disputava partidas de exibição recorrentes, tendo inclusive disputado uma Indian Wells ao lado do suíço, então com 28 anos, enfrentando Rafael Nadal e André Agassi para angariar fundos para o Haiti, que havia sido atingido por um forte terremoto.

Ainda em 2009, poucos dias antes de seu 38º aniversário, o norte-americano esteve presente na quadra central do All England Club, em Wimbledon, onde assistiu Roger Federer igualar seu recorde 14 Grand Slams na vitória sobre Andy Roddick.

 

 

 

Andre Agassi

Um dos jogadores mais carismáticos de todos os tempos, Andre Agassi deixou seu nome na história do esporte de muitas formas. Mais velho homem a liderar o ranking profissional, antes de Roger Federer, aos 33 anos de idade, foi o primeiro tenista da ATP na Era Aberta a vencer os quatro Grand Slams em sua carreira e a medalha de ouro Olímpica.

Com diversos altos e baixos na carreira, o simpático careca jogou até seus 36 anos de idade, em 2006, e se aposentou em uma emocionante partida na quadra central do US Open. Nascido em 1970, o tenista dedicou sua aposentadoria e dirigir sua escola, a Agassi Prep School, em Las Vegas, destinada a atender crianças de baixa renda para mostrar que elas também podem ter uma chance de crescer na vida.

O ex-tenista também seguiu participando de diversas partidas e eventos de caridade. Além de todos esses feitos, aos 38 anos, Agassi participou da partida de inauguração do teto retrátil da quadra central de Wimbledon ao lado de sua esposa, Steffi Graff, enfrentando o britânico Tim Henman e a belga Kim Clijsters.

 

 

 

 

Thomas Muster

Austríaco, Thomas Muster foi considerado o maior tenista sobre o saibro nos anos 90, tendo sido campeão de Roland Garros em 1995 e vencendo 6 dos seus 8 títulos de Masters 1000 sobre o saibro.

Nascido em 1967 e aposentado — pela primeira vez — em 1999, aos 32 anos, Muster seguiu presente no mundo do tênis disputando o circuito Sênior da ATP. Aos 38 anos, em 2005, retornou à Áustria para capitanear o time da Copa Davis de seu país.

 

 

 

Marcelo Rios

Único chileno a liderar o ranking da ATP, Marcelo Rios é também o único número 1 que nunca venceu um Grand Slam, tendo sido finalista do Australian Open em 1998. Sua curta carreira durou apenas 10 anos, entre 1994 e 2004, quando se aposentou aos 29 anos.

Bad-boy dentro e fora das quadras, Rios se envolveu em diversas polêmicas após deixar o tênis, tendo inclusive sido preso e multado em diversos eventos do circuito nos quais compareceu por insultos a jornalistas. Disputou o circuito Sênio da ATP até os 33 anos e apenas voltou a trabalhar com o tênis em 2018, aos 43, como assistente da equipe chilena da Copa Davis.

 

 

Julho de 1998 - Roger Federer disputa sua primeira partida como profissional, sendo derrotado ainda na estreia do ATP 250 de Gstaad, na Suíça.

 

 

 

 

Carlos Moyá

Um dos grandes espanhóis da história do tênis, Carlos Moyá conquistou apenas um título de Grand Slam, em Roland Garros 1998, e liderou o ranking da ATP na temporada seguinte. Profissional desde 1995, aposentou-se em 2010, aos 34 anos, em razão de uma persistente lesão no pé.

O espanhol, nascido em 1976, seguiu no tênis disputando o circuito Sênior da ATP tendo, inclusive, jogando no Brasil. Aos 38 anos, em 2014, foi selecionado como capitão da equipe espanhola na Copa Davis e amargou o rebaixamento diante do Brasil, em setembro do mesmo ano, deixando o cargo logo em seguida.

Desde dezembro de 2016 tem sido o principal treinador de seu ex-mentorado e amigo, Rafael Nadal.

 

 

 

Yevgeny Kafelnikov

Primeiro russo a despontar como número 1 do ranking, Yevgeny Kafelnikov era frio, certeiro e letal. Nascido em 1974, o russo se profissionalizou em 1992, mas atingiu o ápice de sua carreira no final dos anos 90, quando conquistou seus dois títulos de Grand Slam e atingiu a liderança do ranking.

Aposentado em 2003, aos 29 anos, o russo dedicou sua vida pós-tênis a outros esportes como poker e golfe, sendo neste último onde obteve maior destaque, disputando diversos campeonatos europeus e sendo campeão russo de golfe aos 38 anos, mesma época em que recebeu uma proposta para representar a Ucrânia nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, o que acabou não se concretizando.

O russo cruzou com Roger Federer em sua carreira em seis ocasiões, vencendo quatro delas e tornando-se um dos únicos na história a superar o suíço em Wimbledon.

 

 

 

Patrick Rafter

Demoraram muitos anos até que outro australiano despontasse no topo do ranking da ATP, mais precisamente 25 anos, e esse homem foi Patrick Rafter. Dono de um estilo de jogo que combinava um saque e voleio ofensivo com uma boa capacidade de trocar bolas do fundo, o garotão com pinta de surfista conquistou o US Open em 1997 e 1998.

Com uma carreira que durou de 1991 até 2002, quando se aposentou aos 30 anos, o australiano seguiu bastante ligado ao tênis, participando inclusive do circuito Sênio da ATP. Aos 38 anos, em 2010, foi apontado como capitão da equipe australiana na Copa Davis, cargo que ocupou até 2015.

Rafter enfrentou Roger Federer em três ocasiões em sua carreira, tendo vencido as três, tornando-se um dos poucos tenistas a ter um retrospecto positivo contra o suíço.

 

 

 

Marat Safin

O russo Marat Safin foi, sem dúvidas, um dos tenistas que mais arrancou suspiros das fãs de tênis no início dos anos 2000. Iniciando sua carreira em 1999, o jovem prodígio conquistou dois títulos de Grand Slam e liderou o ranking mundial pela primeira vez em 2000.

Dono de um espírito livre e rebelde, Safin levou a carreira nos seus próprios termos, encerrando sua jornada no tênis profissional em 2009, aos 29 anos, após sofrer com diversas lesões.

Nos anos posteriores, disputou o circuito Sênior da ATP e chegou a ser eleito para o parlamento russo pelo partido do presidente Vladimir Putin, em 2011. No entanto, em uma entrevista concedida em 2018, pouco depois de seu 38º aniversário, Safin se mostrou totalmente desapegado do mundo e afirmou que vive assim que viveu sua carreira, sem regras e sem lei, sozinho, viajando pelo mundo e curtindo o que a vida tem a lhe oferecer de melhor.

*Link para a entrevista completa, em Russo, AQUI.

 

 

 

Gustavo Kuerten

Este talvez seja o nome desta lista que menos precisa de apresentações. O nosso Guga brilhou nas quadras da ATP entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000, vencendo três vezes em Roland Garros e liderando o ranking ao final de 2000, após uma campanha histórica no ATP Finals, derrotando Sampras e Agassi em sequência.

Acometido por uma lesão no quadril que prejudicou e encurtou sua carreira, o Manézinho da Ilha encerrou sua vida no tênis profissional em 2008, aos 31 anos, na quadra que o consagrou em Roland Garros.

Figura sempre presente no tênis brasileiro após a aposentadoria, aos 38 anos, em 2014, enquanto se recuperava da cirurgia que implantou uma prótese em seu quadril, lançou sua autobiografia intitulada ‘Guga, Um Brasileiro’, na qual relatou o drama que viveu na recuperação das primeiras cirurgias e os bastidores de sua carreira, que é a melhor já obtida por um tenista brasileiro na ATP.

Contra o aniversariante do último dia 8, Guga tem duas vitórias e uma derrota. Um desses triunfos, no entanto, veio no torneio de Roland Garros em 2004, o que o coloca, por muitos especialistas, na posição de ‘o homem que estragou o ano de Federer’, pois impediu que o suíço pudesse tentar a conquista dos quatro Grand Slams na mesma temporada.

 

 

 

Lleyton Hewitt

Mais um do grupo de garotos prodígio, o australiano Lleyton Hewitt ocupa o posto de melhor australiano do circuito desde Rod Laver. Profissional desde 1998, o jovem e destemido tenista ascendeu rápido aos melhores, assumindo a liderança do ranking já em 2001. Dono de 30 títulos na carreira, conquistou o US Open em 2001 e Wimbledon em 2002.

Mais jovem jogador a atingir o número 1 e a terminar o ano nesta posição, Hewitt teve sua carreira atrapalhada por diversas lesões, assim como seus dois antecessores na liderança do ranking. Apesar de ter batalhado para se recuperar, aposentou-se do circuito profissional em 2016, aos 35 anos.

Desde que pendurou as raquetes, Hewitt tem atuado como capitão-jogador do time australiano da Copa Davis, inclusive competindo — e vencendo — um duelo nas duplas em 2018. Desde então, embalado pelo retorno vitorioso, disputou alguns torneios de duplas, sendo 7 em 2018, tendo atingido as quartas de final no Australian Open; e sete — até agora — em 2019, ano que completou seu 38º aniversário, quase que majoritariamente ao lado de jogadores australianos que atuam pela Copa Davis.

 

 

 

Juan Carlos Ferrero

Segundo espanhol a liderar o ranking profissional masculino, Juan Carlos Ferrero foi um marco em sua geração. Conhecido como ‘Mosquito’, pelo porte físico esguio, é apenas um ano mais velho que Roger Federer e entrou na ATP no mesmo ano do suíço, 1998.

Tendo seu auge em 2002 e 2003, Ferrero conquistou seu único título de Grand Slam no torneio de Roland Garros em 2003 e ascendeu à primeira posição do ranking após ser finalista no US Open no mesmo ano.

Sofrendo com uma série de lesões, tentou estender sua carreira até onde deu, mas acabou pendurando suas raquetes em 2012, aos 32 anos de idade, e segui dedicando-se à Equelite Sport Academy, que formou Ferrero nos anos 90 e da qual hoje é dono junto do fundador, Antonio Martinez Cascales.

Tendo treinado tenistas como Nicolas Almagro e Pablo Carreño Busta, o espanhol que hoje tem 39 anos completos, viveu uma rápida aventura entre seu 37º e 38º ano de vida como treinador do jovem alemão Alexander Zverev.

 

 

 

Andy Roddick

Seguindo a ordem cronológica de tenistas número 1, o próximo da lista é o norte-americano Andy Roddick que, apesar de aposentado das quadras desde 2012 — com uma carreira que durou apenas 12 anos — ainda tem 36 anos de idade.

Assim como Agassi, Roddick investiu em um centro de formação para jovens menos favorecidos e tem feito aparições regulares como comentarista esportivo e radialista pelos Estados Unidos.

Tendo em Federer a pedra no sapato que o impediu de conquistar Wimbledon em três ocasiões (2004, 2005 e 2009), o norte-americano e o suíço sempre nutriram uma boa relação, tendo protagonizado divertidas entrevistas após sua aposentadoria, com direito a belas palavras do suíço sobre sua carreira: ‘Ele conquistou praticamente tudo que ele sempre quis, na minha cabeça ele também é um campeão de Wimbledon’.

 

 

 

Roger Federer

No dia 2 de fevereiro de 2004 se iniciava o verdadeiro reinado deste que acabou de completar 38 anos. Entre 2004 e 2008, quando foi superado por Rafael Nadal, Federer liderou o ranking da ATP por 237 semanas ininterruptas, um recorde absoluto que está longe de ser batido.

Atual número 3 do ranking, o suíço apenas foi destronado por Rafael Nadal e Novak Djokovic — mesmo sendo número 1 do ranking, Andy Murray não retirou Federer da posição, mas sim Djokovic — e agora ocupa a segunda posição em rankings históricos, apenas atrás de Jimmy Connors em títulos e vitórias totais na carreira.

Até onde seu reinado chegará? Apenas o tempo pode dizer. Mas é fato que o suíço é um verdadeiro camaleão que sabe se adaptar às limitações que a vida lhe impõe ao longo da carreira. E, como se sua carreira não fosse grandiosa o suficiente, a busca pelo ouro Olímpico que — ainda — não veio, terá uma nova jornada em Tóquio 2020.

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