Por Dr. Gilbert Bang, membro da Society for Tennis Medicine and Science, ligada a ITF, ATP e WTA
Nesta edição da coluna Tênis e Saúde o médico fisiatra, Dr. Gilbert Bang, comenta sobre a bursite, a nova lesão que deixará nosso maior ídolo do tênis, Gustavo Kuerten, fora das quadras pelo menos até outubro. Bang fala sobre os sintomas, os efeitos, medidas de prevenção e cuidado com a lesão.
Conheça a Bursite
Ao primeiro sinal de dor articular, um dos diagnósticos mais “populares” é a bursite. A própria pessoa levanta essa suspeita – “será que estou com bursite?”.
A bursa é uma pequena bolsa cheia de líquido que protege as estruturas ao redor de algumas articulações impedindo a pressão e o atrito entre os ossos e os tecidos mais moles como os músculos, tendões e ligamentos.
O excesso de pressão em uma articulação ou movimentos repetitivos podem provocar a inflamação da bursa, resultando no aumento do volume de líquido dentro da mesma.
A dor é o principal sintoma da bursite. Geralmente ela está próxima à articulação acometida e aparece tanto em repouso quanto em atividade. Pode haver inchaço, vermelhidão ou aumento de temperatura local, o que nos faz pensar em alguma infecção conjunta.
O tratamento envolve repouso, anti-inflamatórios, uso do gelo, fisioterapia. Em casos mais graves ou de acordo com a necessidade de recuperação precoce, pode-se realizar a injeção de medicação no local. Em casos crônicos, a cirurgia pode ser a opção definitiva.
É importante ressaltar que a bursite é conseqüência de uma outra lesão e por isso, o tratamento não se limita à dor provocada por esta inflamação, caso contrário, a dor e inflamação persistirão. Algumas doenças como Gota e Artrite Reumatóide favorecem a ocorrência de bursite.
O tratamento da dor da bursite deve ser parte de um programa de Reabilitação global e não apenas o objetivo final.
O repouso adequado entre as sessões de treinamento e competição além do trabalho de prevenção de lesão são as melhores opções de se prevenir a bursite.