Fernando Meligeni, ex-top 25 e semifinalista de Roland Garros em 1999, escreveu em suas redes sociais após mais uma derrota de Bia Haddad Maia, a número 1 do Brasil e 18ª do mundo. Ela caiu na estreia em Berlim, na Alemanha. Crédito: Jimmie 48 Photography / WTA
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Em má fase já são três derrotas seguidas e 16 derrotas nas 31 partidas na temporada. Desde o final de fevereiro ela só ganhou dois jogos em um mesmo torneio uma vez, no torneio de Madri, na Espanha.
"Mais uma derrota e parece que o mundo cai na cabeça", começou Meligeni.
"Gostei bastante da entrevista da Bia ao “Bola da Vez”. Ela deixou claro o que vem acontecendo dentro da cabeça dela. Muitas coisas que eu já tinha falado, ela externou. Ótimo. Por outro lado, fica mais evidente que ela está naquele momento de muita dúvida, tendo que ganhar a tal confiança e pegando a “pedreira” que não gostaríamos. A vida de tenista é esquisita. Sempre digo que temos que aproveitar e “cuidar” muito dos bons momentos. Eles podem perder força com uma derrota, uma lesão, uma mudança. Claramente, a Bia precisa ganhar jogos. Mas não mudaria seu calendário nem buscaria alternativas como estão falando. Eu aceitaria o sofrimento, trabalharia normalmente (ela trabalha muito bem) e aceitaria que é preciso tirar as amarras do “fazer exatamente como eu fazia”. Todos nós, atletas, vivemos momentos ruins, delicados ou de muitas derrotas. Dois pontos são fundamentais para sair dessa situação: o astral no dia a dia de treino, convivência e jogo, e a perseguição do resultado custe o que custar."
Meligeni deu conselhos para a tenista paulistana: "Agora não é hora de jogar bem, ganhar bonito, provar nada. Agora é hora de ganhar colocando a bola dentro da quadra na tática estabelecida, com ainda mais atitude e garra. É hora de trazer a brasa interna para o jogo. E não digo apertar o punho fechado. Não digo gritar “vamos”. Digo vomitar atitude e se comprometer com o pensamento de “hoje vou ganhar como for”. Sigo esperançoso, sigo acreditando e admirando os passos da Bia. Não há evolução sem sofrimento. Não há vitória sem dúvida. Não há volta por cima sem desconfiança geral e certeza pessoal."
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