Por Fabrizio Gallas - Quarta derrota seguida para Bia Haddad. A terceira em primeiras rodadas e terceira para jogadora onde em tese era favorita. A segunda levando uma virada. São treze jogos no ano e o retrospecto é negativo com sete derrotas.
O alerta mudou um pouco de cor e ganhou a tonalidade laranja. Principalmente pelas atuações e a irregularidade. Na madrugada desta quinta os números demonstram não só isso, mas certa passividade da brasileira.
Foram 14 winners e 21 erros. A adversária errou bastante também, 38, mas encaixou 26 bolas vencedoras. Depois de um bom primeiro set, acabou permitindo um momento ruim que fez seu jogo desmoronar. Durante três games seguidos no segundo set, a paulistana ficou sem marcar pontos, levou 12, vários deles com erros. Depois deixou Boulter abrir 5 a 1 no terceiro set jogando muito mal, no nível que produziu contra Jasmine Paolini em Dubai naquele pneu levado no terceiro set. Por pouco não recuperou a seguir, é verdade, mas parou nos méritos da oponente que sacou bem para concluir a partida.
Oscilações típicas de quem está sem confiança. E que por consequência parece estar se pressionando muito, talvez pelos resultados recentes e os objetivos não alcançados nas semanas anteriores.
O tênis prega peças incríveis para um jogador. Há 15, 20 dias atrás, Bia fazia de suas maiores atuações contra Ons Jabeur, dignas de uma jogadora nível top 10. Só quee uma derrota acabou pesando negativamente naquela semifinal a seguir e a maré virou a fazendo jogar nesse momento como uma tenista comum, nível top 50 e em alguns momentos até abaixo disso.
São coisas do esporte. Bia precisa seguir trabalhando para virar essa chave. Novos torneios e oportunidades virão com Indian Wells e Miami. Uma vitória já pode mudar tudo de novo e e resgatar o que parece ter sido perdido.
Curtinhas:
Bia não deve sofrer com o ranking, não tem nada a defender na semana e caso não vá bem nos WTAs 1000 americanos, também não perderá alta pontuação O que fica e o que ficaria seriam oportunidades perdidas de subir.