O jornal espanhol El Confidencial teve acesso a um documento enviado pela prefeitura de Madri para a organização do Masters e WTA Premier da cidade, programado este ano para acontecer entre 12 e 20 de setembro, sugerindo que o torneio não seja realizado.
A carta de duas páginas é direcionada ao diretor geral do torneio, o ex-top 15 Feliciano Lopez, e explica as leis determinadas no país para o controle e a segurança sanitária da COVID-19 no país, tal como as possibilidades de decretação de cada autarquia municipal.
A carta recorda que apesar do decreto de maior abertura de 9 de junho, a cidade em 19 de julho decretou cuidado na realização de eventos públicos e liberação de espaços em estabelecimentos comerciais dado um presente aumento de casos na cidade. Desta maneira, o documento pontua: "Diante da situação atual e a desconhecida evolução acerca da pandemia na cidade de Madri em datas próximas a realização do Mutua Madri Open [nome oficial do torneio], desaconselhamos a realização da competição em setembro de 2020, pelo já mencionado risco de saúde que se colocaria ao público, bem como para a organização e os jogadores".
Ao El Comercial, a empresa dona do torneio, de propriedade do ex-tenista romeno Ion Tiriac, Super Slam Limited, enviou uma reposta oficial na qual descarta o cancelamento do torneio, que já foi adiado de maio para setembro com autorização da ATP e WTA, e pontuou estar ampliado os procedimentos de segurança sanitária no torneio.
"Trabalharemos em colaboração próxima com eles (órgãos governamentais) para que se possa realizar o evento em segurança", diz o release, que segue: "No momento estamos colaborando com a ATP, WTA e autoridades locais para avaliar a situação e chegarmos a uma decisão final o mais breve possível. Anunciaremos ao publico e a jogadores assim que tivermos determinados estes pontos.
De acordo com dados do El País, a Espanha registrou hoje mais de 2.028 novos casos da COVID-19, dando ao país o número absoluto de 288.522 infectados. O país ainda registrou duas mortes pela doença desta sexta-feira. Desde o início da pandemia da COVID-19 em março, apenas a região autônoma de Madri registrou 76.145 casos e 8.453 óbitos, sendo a região do país com o maior número de mortos e a segunda maior em número de infectados, atrás da Catalunha que tem 79.324 casos e 5.686 mortes.