Raducanu faz reflexão sobre vida no tênis

Emma Raducanu comentou , com apenas 21 anos, estar se sentindo velha para o tênis em uma entrevista para a revista de moda Marie Claire. Ela foi campeã do US Open com 18 anos em 2021.

“Vencer o Aberto dos Estados Unidos foi o ponto alto da minha carreira. Trouxe muitos desafios, mas acho que o que me proporcionou supera tudo o resto. A autoconfiança é importante para superar os momentos difíceis, porque eles são inevitáveis. Você vai enfrentar contratempos e lesões, vai ser dominado pelo medo, mas para conseguir grandes coisas é preciso aliar isso à sua confiança."

A tenista comentou a lição que tirou no esporte: "A maior lição que aprendi na recuperação de lesões é não ter pressa. Minha impaciência é um dos meus maiores fracassos, porque basicamente apressei o processo de recuperação e adiei meu retorno por muitos meses. Às vezes sua mente supera seu corpo e ao se forçar, você está retrocedendo."

“Sou uma pessoa muito independente e gosto de ficar sozinha. No meu dia a dia há muitos estímulos e muitas pessoas ao meu redor, por isso gosto de ter algumas horas para mim antes de dormir, mesmo que é sem fazer nada produtivo. Às vezes eu leio, estou no celular, coloco coisas no carrinho de compras e depois fecho a página. Ter aquele tempo para relaxar e desestressar é muito importante, não seria capaz de dormir se não fizesse dessa maneira."

Ela comentou a vida além do tênis: “No tênis é muito fácil entrar em pânico e sou culpada disso. Você sente que só tem 10 anos de carreira pela frente e que tudo vai acabar antes que você perceba aos 21 anos, mas depois lembro na linha do tempo da minha carreira que tenho 10 anos de Grand Slams pela frente, até 15. Embora tudo aconteça muito rápido, só estou no circuito há três anos, ainda tenho muito para aprender e desenvolver. Há também uma grande parte da vida além do tênis. Achamos que nossas vidas terminam quando chegamos aos 35 anos, mas ainda há muito por vir. Quero aproveitar ao máximo os anos que me restam no circuito, mas também tenho que manter a perspectiva de que existem outras coisas na vida além do tênis."