O espanhol ex-top 2 da ATP e atual comentarista dos canais Eurosport, Alex Corretja, concedeu uma entrevista ao programa de rádio espanhol Carrusel Deportivo e deixou uma sugestão para o compatriota Carlos Alcaraz após a derrota em Wimbledon.
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‘Eu penseo que tudo que acontece ao Alcaraz é bom, tanto quando ganha tanto quando perde um torneio como agora. Por quê? Porque desperta a sua fome, sua inquietação por melhorar e evoluir. Provavelmente se Alcaraz tivesse vencido esse jogo… preste atenção, olha a temporada que ele está fazendo, com todos os títulos que ganhou.
“Mas agora, certamente ele se sentará com a sua equipe, assistirá a final (em Wimbledon), observará, dará conta de que quando estava em iguais estava se apoiando nos segundos saques, pois não sabia onde se posicionar.. e tudo isso para que quando voltar à quadras de treino saberá onde tem de melhorar. Quando você apenas ganha, fica com a sensação de que não está fazendo nada errado e quando perde uma final importante, você se pega pensando: ‘Caramba, eu não sou imbatível’ e isso vai acontecer com Carlos”, disse ele destacando que o jovem compatriota tem 22 anos, cinco títulos de Grand Slam e que Wimbledon foi sua primeira derrta em final de Slam.
Corretja também falou sobre sentir um quê de ‘sorte’ na campanha de Sinner: “Para mim, ele ter vencido (Grigor) Dimitrov [estando dois sets abaixo e vendo o rival abandonar por lesão] foi um golpe de sorte. A vida de devolveua Sinner, o lhe tirou em Paris [derrota na final em Roland Garros]”, destacou o ex-top 2.
“Eu nunca me intrometo no calendario que decide meu grande amigo Juan Carlos Ferrero com Carlos Alcaraz, mas espero apenas que ele não vá a Toronto. Digo isso com todo o carinho e respeito ao torneio”, declarou.
“Penso que Carlos precisa recuperar-se de todo o esforço que fez. Não estamos falando que ele fez a final em Londres, e sim que fez a final, ganhou Queen’s, ganhou Roland Garros, Monte Carlo, Roma e fez final em Barcelona. Tudo isso tem custo, que são mudanças de piso, de rivais, treinamentos, coletivas de imprensa, controle antidoping, hotéis, aviões e tudo isso cansa muito. Acredito que Carlos precisa de um descanso para que na segunda parte da temporada ele normalmente pode perder o fôlego, mas se para pode jogar bem, brigar pelo número 1, o título do US Open e até o ATP Finals. Acho que é hora deles decidirem. O que eles decidirem está bem decidido, mas de fora acho isso”